Cantanhede, espaço de vivências, sensações e opiniões...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

V Congresso Nacional da Adminstração Pública - Certificado de Qualidade




Foi nos dois últimos dias o passado mês, que decorreu, em Lisboa, o V Congresso da Administração Pública. Neste importante evento, debateram-se múltiplos assuntos que tinham um único denominador comum, a Administração Pública. No vasto leque de oradores que participaram neste evento, sete foram representantes de autarquias. Cantanhede, que se encontra neste momento numa fase de certificação de qualidade, foi uma dessas autarquias. Essa representação foi personificada pelos técnicos Sr. José Negrão e Engº Machado.

A administração deste blog acha curioso que, lendo o Independente de Cantanhede (Jornal cuja imparcialidade é inquestionável - ou não...), se fique com a sensação de esse certificado de qualidade ser relativo a toda a CMC, coisa que na realidade não corresponde à verdade. Neste momento, a CMC tem um certificado de qualidade apenas no departamento de urbanismo.

Se quisermos analisar mais a fundo esta questão teremos que ter em conta uma série de factores pois, é para nós um dado adquirido que, para o simples munícipe de nada serve um certificado, seja ele sobre o que for, se não tiver resultados práticos.
É do conhecimento da administração deste blog que existem exposições à CMC que há meses não obtêm resposta, mas o mais curioso é que essas respostas algumas têm como intervenientes directos (responsabilidade) pessoas que representam a CMC em Lisboa!...

Serão estes os padrões de qualidade desejados para a CMC? Serão estas as pessoas certas nas funções desejáveis? Não estaremos nós perante mais um episódio de nos atirarem areia para os nossos valiosos olhos?
Certamente que num cenário ideal tudo isto deveria ser posto em causa, mas estaremos nós num cenário ideal?!...
Cantanhede precisa de qualidade mas com o respectivo pragmatismo.
"Nada é mais perigoso que um bom conselho acompanhado de um mau exemplo."
(Autor desconhecido)
NOTA: A imagem não corresponde ao certificado desejado pela CMC.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cantanhede e a gestão dos seus espaços centrais



Cantanhede e a gestão dos seus espaços centrais é um tema que deverá interessar a todos os cantanhedenses pois, poderá interferir, directa ou indirectamente, com os seus rituais diários.


Neste momento, Cantanhede (cidade) tem 12 zonas com parqueamento pago. Até aqui tudo bem, no entanto não creio que se deva criar zonas de parqueamento pago sem se ter em conta os habitantes das imediações. No caso da, recém criada, 12ª zona de parqueamento pago tal não aconteceu. A Câmara Municipal de Cantanhede (CMC) limitou-se a deliberar a criação da zona e respectiva publicação em edital. Naturalmente que seria, de todo, impossível colher as sensibilidades da totalidade dos habitantes das imediações, no entanto a ausência total de informação complementar à atrás descrita é no mínimo preocupante. A CMC não se dignou a explicar aos habitantes das zonas contíguas ao parque de estacionamento existente entre a CMC e o Largo Cândido dos Reis,como será gerida esta situação.


No entender da administração deste blog é positivo que se criem condições para se usufruir da melhor forma possível do centro da cidade mas não nos esqueçamos de quem escolheu esse centro para viver, de quem paga as suas contribuiçoes municipais em virtude dessa sua escolha...


O que acontece neste local desde 02 de Novembro corrente ano é que quem vive nesta zona simplesmente ou paga o estacionamento para ir para casa ou terá que deixar o seu veículo um pouco mais longe (a noção de pouco e de longe será sempre relativa).


Não bastando tal facto, constata-se que, ao contrário do que tem sido habitual, está em fase final de construção um edifcio com espaços comerciais e de habitação (mesmo ao lado do Santander), com as traseiras para o parque em causa, que não tem espaço de parqueamente próprio (vulgarmente conhecido por garagens subterraneas). Serão mais 6 familias que vão escolher o centro da cidade para viver, mesmo sem estacionamento?


Parece-nos que a dualidade de critérios na viabiliação desta construção nestas condições é gritante!...


Parece-nos, também, que existe aqui alguma falta de sensibilidade para quem paga o seu imposto, para quem escolhe o centro da cidade (QUE SEGUNDO SABEMOS É DESEJADO QUE TENHA O MÁXIMO DE VIDA POSSÍVEL) para viver...


Sabe-se que o departamento de urbanismo da CMC é detentor de um certificado de qualidade, no entanto parece-nos que essa qualidade foi posta um pouco de lado permitindo a constução acima referida sem qualquer parqueamento próprio...


Cheira-nos a uma justiça pouco justa, caso contrário também os vários lugares disponíveis para estacionamento em frente à CMC também deveriam estar disponiveis para utilização mediante introdução de moeda no parquímetro...


"Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça. "

(Séneca)